O Último Papa - A crítica

“E quanto a si Senhor Patriarca, a Coroa de Cristo e os dias de Cristo.” Irmã Lúcia a Albino Luciani, Coimbra, 11 de Julho de 1977

É este um dos prenúncios do livro “O Último Papa”. Um livro que tenta dar a conhecer todas as maquinações que existiram ou existem por detrás do Vaticano, através de um Romance Policial (se é que posso assim definir o livro).

Quem leu os livros de Dan Brown (“O Código da Vinci” e “Anjos e Demónios”) pode no início deste livro pensar que é uma “cópia” dos mesmos…porém não é bem assim! Apesar de ter alguns pontos que se podem assemelhar, o essencial é diferente.

Quanto ao enredo da história, está bem construído, as descrições dos locais e factos históricos dão uma outra dimensão ao livro e à história. Já as revelações “prometidas” em relação à morte do Papa João Paulo I, para mim são perfeitamente verosímeis. Se, mais tarde, o autor venha dizer que afinal era tudo ficção, então terá de se lhe dar crédito porque o que é apresentado neste livro é credível. E penso que a história já nos demonstrou que as pessoas de bem, que querem mudar as coisas são “afastadas” da ribalta.

Comparando com o primeiro livro do autor, o estilo de escrita está mais “acessível” (o que se impõe neste tipo de livros), no entanto mantêm-se o mesmo tipo de narrador e aquele final a antever uma continuação da história.

Em suma, é um bom livro que capta a nossa atenção e lê-se facilmente. Vale a pena e sai desta padaria com 4 carcaças e meia.