IPPAR - Mito ou realidade?? Aqui está uma questão que me tem surgido ultimamente.
Toda a gente já ouviu este nome, até há quem já tenha traduzido estas iniciais...: Instituto Português do Património Arquitectónico e também todos têm uma ideia geral de qual a sua função, mas haverá de facto alguém que já tenha presenciado o seu trabalho??
Pois bem, eu pesquisei um pouco acerca deste IPPAR e no seu site (sim eles até têm um site) encontrei esta frase:
“Uma das principais vocações do IPPAR são as intervenções de conservação, restauro e valorização dos bens imóveis.”
VOCAÇÕES... Ora o resto desta frase, era a ideia geral que eu tinha acerca deste “Instituto”, mas vocação...nunca me tinha passado pela cabeça. E agora até me deixou mais preocupado. Fiz uma outra pesquisa e encontrei que “vocação” é também o sinónimo de “talento” ou “aptidão” (até aqui tudo bem) mas, encontrei também “disposição”. Ui ui, pelas observações que eu tenho feito nas minhas muitas viagens do “vá pra fora cá dentro”, chego a uma conclusão desanimadora... que o pessoal do IPPAR não anda com “disposição” para a função que supostamente tem.
Mas chego também a outra conclusão: os nossos antepassados sabiam realmente construir castelos, muralhas, pontes, etc. E que a maior parte destes monumentos são realmente “grandes” obras, pois se assim não fosse muitos deles seriam “grandes”.... amontoados de entulho.
É que por este país fora, cheio de tanto património histórico e cultural, vêem-se tantos monumentos em degradação. E depois ninguém pode fazer nada, nem tomar iniciativa para recuperá-los, pois esta tarefa pertence exclusivamente ao tal IPPAR...
Se estivessemos em Espanha...aí a realidade é outra: A Associação “Hipania Nostra”; “Fundação do Património Histórico de Castilha e Leão”; Conjunto de associações que formaram “Associações do Património da Humanidade de Castilha e Leão”; “Associação para a conservação do património histórico” (A.C.O.P.A.H.); “Fundação Bahia de Cadiz”; “ARCHIVAL – Entidade para a recuperação dos centros históricos de Espanha”; “Associação espanhola dos amigos dos castelos”...estas são algumas das associações, ou organizações que se interessam realmente pelo seu património. Os seus objectivos? Quase todos têm o mesmo: “contribuir para a conservação, revitalização e protecção, moral e material, do património monumental espanhol (fortificado ou não) e estimular o estudo, conhecimento e interesse pela sua cultura, pondo-a em relevo e propagando a sua importância artística, histórica e cultural...” E é por isso que em Espanha, e provavelmente em outros países, se encontram em quase todas as aldeias, vilas e cidades, grandes monumentos em óptimas condições de preservação.
Bem, mas concluindo: Se o IPPAR é apenas um mito, uma fantasia em que os portugueses querem realmente acreditar...então os nossos monumentos estão por conta própria. Se é uma realidade...então teremos de esperar que tenham “disposição” para cumprir as ”missões” que lhes são atribuídas.
Toda a gente já ouviu este nome, até há quem já tenha traduzido estas iniciais...: Instituto Português do Património Arquitectónico e também todos têm uma ideia geral de qual a sua função, mas haverá de facto alguém que já tenha presenciado o seu trabalho??
Pois bem, eu pesquisei um pouco acerca deste IPPAR e no seu site (sim eles até têm um site) encontrei esta frase:
“Uma das principais vocações do IPPAR são as intervenções de conservação, restauro e valorização dos bens imóveis.”
VOCAÇÕES... Ora o resto desta frase, era a ideia geral que eu tinha acerca deste “Instituto”, mas vocação...nunca me tinha passado pela cabeça. E agora até me deixou mais preocupado. Fiz uma outra pesquisa e encontrei que “vocação” é também o sinónimo de “talento” ou “aptidão” (até aqui tudo bem) mas, encontrei também “disposição”. Ui ui, pelas observações que eu tenho feito nas minhas muitas viagens do “vá pra fora cá dentro”, chego a uma conclusão desanimadora... que o pessoal do IPPAR não anda com “disposição” para a função que supostamente tem.
Mas chego também a outra conclusão: os nossos antepassados sabiam realmente construir castelos, muralhas, pontes, etc. E que a maior parte destes monumentos são realmente “grandes” obras, pois se assim não fosse muitos deles seriam “grandes”.... amontoados de entulho.
É que por este país fora, cheio de tanto património histórico e cultural, vêem-se tantos monumentos em degradação. E depois ninguém pode fazer nada, nem tomar iniciativa para recuperá-los, pois esta tarefa pertence exclusivamente ao tal IPPAR...
Se estivessemos em Espanha...aí a realidade é outra: A Associação “Hipania Nostra”; “Fundação do Património Histórico de Castilha e Leão”; Conjunto de associações que formaram “Associações do Património da Humanidade de Castilha e Leão”; “Associação para a conservação do património histórico” (A.C.O.P.A.H.); “Fundação Bahia de Cadiz”; “ARCHIVAL – Entidade para a recuperação dos centros históricos de Espanha”; “Associação espanhola dos amigos dos castelos”...estas são algumas das associações, ou organizações que se interessam realmente pelo seu património. Os seus objectivos? Quase todos têm o mesmo: “contribuir para a conservação, revitalização e protecção, moral e material, do património monumental espanhol (fortificado ou não) e estimular o estudo, conhecimento e interesse pela sua cultura, pondo-a em relevo e propagando a sua importância artística, histórica e cultural...” E é por isso que em Espanha, e provavelmente em outros países, se encontram em quase todas as aldeias, vilas e cidades, grandes monumentos em óptimas condições de preservação.
Bem, mas concluindo: Se o IPPAR é apenas um mito, uma fantasia em que os portugueses querem realmente acreditar...então os nossos monumentos estão por conta própria. Se é uma realidade...então teremos de esperar que tenham “disposição” para cumprir as ”missões” que lhes são atribuídas.
3 comentários:
Concordo plenamente. O estado em que estão muitos dos monumentos deste nosso país é deplorável e ninguém é responsabilizado.
E depois tomam iniciativas como eleger as 7 maravilhas de Portugal (que acho uma ideia engraçada, por sinal), quando pouco ou nada se faz para as manter em condições.
É verdade caro colega!! O que mais me entristece é que temos um património histórico tão rico, que poderia ser tão bem aproveitado para fomentar o turismo (o que implicaria mais receitas para o país), mas no entanto o que vemos é um autêntico desprezo pelos nossos monumentos.
Ahahahah, esta nunca tinha ouvido eu.... Disposição?... nunca tinha percebido o porquê da falta de cuidado e carinho pelo nosso património, mas agora está explicado!
Jobs for the boys, que não sabem o que andam a fazer, e depois temos serviços públicos que balançam à espera da "disposição"... bonito!
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